Antes de partir para a Índia
como vice-rei, D. Pedro de Almeida Portugal, 1º Marquês de Alorna,
mandou construir em 1725 o palácio que viria a ser palco de grandes
acontecimentos históricos e culturais que marcaram o Portugal que se conhece hoje.
D. João, seu filho, e D. Leonor Távora, sua mulher, amaram o palácio e
a propriedade como nenhuma outra nas suas vidas. D. João plantou
vinhas, produziu azeite, criou pomares, bosques, e jardins de amoreiras.
Copiando o modelo francês, imaginou pontes levadiças e lagos, como os usados pelas elites europeias. No final do século XVIII, a família
Alorna viajava de barco, Tejo acima, demorando uma noite inteira de
Lisboa até Almeirim, onde prontamente uma carruagem da casa os aguardava
para os levar alameda acima até ao palácio.
Foi assim que chegaram à Quinta alguns dias após a libertação da
família, que se viu presa dezoito anos por ordem do Marquês de Pombal,
acusada injustamente de um suposto envolvimento no caso Távora. D.
Leonor de Almeida Lorena e Lencastre tinha 26 anos de idade quando regressou em liberdade com os seus pais e acompanhada pelos seus
irmãos Maria e Pedro, ao local que deixara aos oito anos, quando foi
presa em Chelas. D. Leonor de Almeida, batizada poeticamente com o nome
de Alcipe, casou em 1779 com Carlos Augusto d´Oeynhausen na ermida da
Quinta de Alorna, e ali passou os primeiros tempos de casada, tendo
organizado no seu palácio de Almeirim importantes saraus para a elite
cultural portuguesa.
Mais tarde viajou para Paris, para Viena, para o sul de França, para
Madrid, e finalmente para Londres, onde se viu exilada por ocasião das
invasões francesas. D. Leonor, quarta Marquesa de Alorna, foi a mulher
mais culta da sua época. Enquanto esteve presa, aprendeu a
falar cinco línguas com fluência, e leu todos os livros que conseguia
fazer chegar, fossem eles proibidos ou não. Deslumbrou as cortes
europeias com o seu talento poético, tendo sido a primeira escritora
pré-romântica em Portugal. Mulher das letras e das luzes, mulher
política que influenciou cortes portuguesas e estrangeiras, mulher
ligada à educação, deve-se à sua persistência junto da rainha as
primeiras escolas femininas em Portugal. Mulher desconcertante,
inteligente, e muito à frente do seu tempo, deixou oito filhos e uma
vastíssima produção literária e epistolar. Morreu em 1839, quando a
Quinta, que atravessava uma débil situação financeira devastada pela
guerra civil, é vendida pelas suas filhas a José Dias Leite Sampaio,
Visconde da Junqueira, que investiu na produção de azeite, nos vinhos, e
na pecuária.
A partir de 1945, após a sua morte, a propriedade passou a ser gerida
inteiramente pela filha, genro, e netos. Mais tarde, no pós 25 de
Abril, a Quinta da Alorna viveu momentos difíceis em que a força e a
determinação dos trabalhadores, que viram as suas casas e sustento
ameaçados, foram imprescindíveis para que a Quinta não fosse ocupada.
Como empresa familiar que era, orgulhava-se de que todos faziam parte da
mesma «família», bem como da política social, muito avançada para a
época, que fazia gala em praticar: abriram-se as portas da capela,
deram-se casas novas aos trabalhadores, e contratou-se um médico para
zelar pela saúde de todos os que dedicavam o seu trabalho à propriedade e
à família.
E assim faz vinhos de alto padrão de qualidade como o Casual, típico Tejo com as uvas Castelão, Trincadeira e Tinta Miúda um belo vinho com boa estrutura de boca, notas de frutos vermelhos, excelente volume e final bastante persistente.
CASUAL é um um néctar vibrante, apelativo e adequado ao consumo diário, essa é a proposta!!
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