sexta-feira, 6 de maio de 2016

Vinhedos orgânicos e biodinâmicos da Bourgogne: respeito à natureza e à biodiversidade

Os vinhos orgânicos refletem o respeito e amor que cada produtor tem  com seu terroir e com a natureza. Nesse tipo de cultivo, que é uma escolha do produtor,  não há aplicação de nenhum tipo de agroquímicos, sejam agrotóxicos ou fertilizantes sintéticos. A adubação é orgânica e todos os tratamentos contra doenças e pragas são feitos com produtos naturais. Esse cuidado irá refletir diretamente na qualidade final dos vinhos, percepções aromáticas e sensações no palato. 
São vinhos realmente especiais. 

Um perfeito exemplo de vinho orgânico é o Chablis Domaine Vrignaud. Viticultores há cinco gerações, a família Vrignaud, vinifica e comercializa seus vinhos com todo o cuidado que um "harmonioso" vinho orgânico merece.  São 19 hectares situados no vilarejo de Fontenay - Chablis, no centro dos primeiros vinhedos de  Fourchaume e não muito longe dos "Grands Crus da Bourgogne".




Cada parcela é vinificada separadamente, para que o vinho possa expressar o potencial dos diferentes terroirs. Com aromas de frutas cítricas, poderoso em boca e frescor mineral agradável, é um vinho versátil de coloração surpreendente. 

 
Segue abaixo um  pequeno vídeo sobre os microclimas da região de Chablis vistos do céu. 


     Para complementar nossa escolha - Bourgogne Orgânicos,  o Domaine Henri & Gilles Buisson simboliza mais que tradição, é uma paixão que está presente há 8 gerações na família Buisson. Produzindo desde o tempo em que o vinho era vendido principalmente a granel, a família foi pioneira no engarrafamento. Os negócios da propriedade foram ampliados incluindo uma abordagem turística, com todo o conforto que os visitantes buscam e merecem. Hoje a propriedade tem 20 hectares plantados e sua estrutura é inteiramente familiar. 
 



Les Prevoles é um vinho de coloração cereja com nuances roxas, um aroma de frutas vermelhas e negras como groselha e framboesa e de flores violetas. Corpo discretamente tânico que preserva seu aroma frutado. Vinho equilibrado e elegante. 


 Segue abaixo vídeo sobre a colheita no Domaine Henri & Gilles Buisson
http://www.domaine-buisson.com/vin-saint-romain/fr/presse.html






    

quinta-feira, 28 de abril de 2016

Château Haut Bertinerie


Château Haut BERTINERIE pertence para a mesma família há quase dois séculos. A renovação da propriedade, primeiro começou quando Daniel BANTEGNIES assumiu em 1961, e hoje trabalha com seus dois filhos, Eric e Frantz, que são ambos viticultores qualificados e enólogos.
A fama desta propriedade provém de um assemblage bem sucedido de inovação, tradição e experiência.

http://www.vinhoseverest.com.br/produto/cotes-de-blaye-grand-vin-266



A VOCAÇÃO: Ecologia

Por 30 anos, a família BERTINERIE tem utilizado um método de viticultura sustentável chamado de agricultura fundamentada ("raisonnée lutte"), que produz vinhos sem vestígios residuais. Os produtos de tratamento de vinho que utilizam são biodegradáveis.
  
Um grande vinho da propriedade é o Gran Vin, uvas colhidas manualmente, com vinificação e maceração entre 25 e 40 dias, com temperatura controlada.
Envelhecimento: O vinho é envelhecido em barricas novas por 12 meses e mais 8 meses em cubas.
A filtração e engarrafamento é feito na propriedade. 

Adorável vinho de cor intensa, nariz de frutas vermelhas com notas de café e especiarias como baunilha, canela e alcaçuz,  rico em  estrutura, tânico e de grande expressão aromática no palato. Fino e elegante com grande potencial de envelhecimento. Poderoso, com um final de boca untuoso e agradabilíssimo.

Um vinho expressivo!!!
  


Segue um vídeo bastante interessante sobre a propriedade:

https://www.youtube.com/watch?v=9K3go0q2iiQ&context=C44f3740ADvjVQa1PpcFMuBbU5QfxgVT2CAUKIfVAJsjb1bvp3KHQ=




quinta-feira, 24 de março de 2016

Especial Michel Rolland: um Ícone do mundo do vinho

     Michel Rolland é certamente um dos produtores e enólogos mais influentes no mundo do vinho, atuando em diversos países, auxiliando pequenos e grandes produtores na arte de fazer vinhos tem grande reconhecimento pelo seu trabalho. 

     Sua saga começa desde quando era muito pequeno, indo para a escola a pé em dias de chuva, de frio, mas encarava todas as dificuldades com muito entusiasmo e satisfação, pois sabia que caminho queria traçar. Em sua juventude, fez escola técnica, escola agrícola e em seguida faculdade de enologia, se dedicou muito, mas, como a grande maioria dos jovens, não deixava passar em branco um boa farra com os amigos, conciliava bem estudos, trabalho na propriedade e as festas, sempre sob os olhares atentos de seu pai. Em 1968 conheceu sua esposa, Dany, sua companheira até hoje.



      Em 1979 um fato muito triste mudou o rumo de sua vida e lhe obrigou a tomar decisões. A morte de seu pai. Seu irmão advogado, foi tocando a propriedade e em 1982 Michel teve de enfrentar um grande dilema, ficar na propriedade em Pomerol ou desenvolver a área de enólogo consultor. Até 1985, ficou com a primeira opção, mas, depois, tudo mudou. Convidado para ir para a Califórnia estudar formas de otimizar o potencial dos vinhos da região juntamente com produtores. Como todos os jovens empresários, Michel queria viajar e ampliar seus conhecimentos ...
     Foi o início de uma carreira como um consultor que o levou para quatro continentes, em mais de cento e cinquenta propriedades diferentes. A carreira repleta de reuniões com pessoas extraordinárias, visitas a vinhedos - e uvas - em todos os tipos de condições, em todos os climas e todos os tipos de culturas. Tanto para o profissional quanto para o humano, experiência excepcional! 


     Sua querida Dany sempre dando suporte na propriedade, em Pomerol, e no cuidado com as filhas. Muito trabalho, dedicação e respeito para com suas raizes fazem de Michel Rolland esse grande homem tão respeitado e reconhecido. Sua marca registrada: O estilo Michel Rolland de fazer vinhos.



     Podemos comprovar a qualidade de seus vinhos, por exemplo, com o Château Bertineau Saint Vincent, Lalande de Pomerol. Com Vieilles Vignes de mais de 30 anos, os 75% de Merlot e 25% de Cabernet Sauvignon, todo o cuidado de seleção de cachos na colheita, com duas inspeções, resultam num vinho rico em aromas de frutas pretas, em boca um vinho bem estruturado e encorpado com final recheado de notas tostadas.

 


Um grande vinho!!!


sábado, 19 de março de 2016

Orgânico de Bordeaux

     
     Que a Vinhos Everest tem um portfólio repleto de vinhos orgânicos e biodinâmicos de altíssima qualidade isso todo mundo sabe, mas esse Bordeaux em particular que é um verdadeiro achado, o Château Segonzac: Gran Vin de Bordeaux!!!






     O vinhedo de Château Segonzac foi criado em 1887 por Jean Dupuy, que foi ministro da agricultura entre 1889 e 1902, fundador do jornal “Le Petit Parisien”. Foi neste período que o Château Segonzac ganhou o titulo de 1er. Cru Bourgeois que o distingue pela qualidade de seu terroir e de seus vinhos.

 

     Em 1990, a propriedade foi comprada pelo Senhor Jacques Marmet e sua filha Charlotte e o seu marido Thomas Herter Marmet os quais passaram a cuidar do Castelo desde abril de 2000. O vinhedo cobre 33,5 hectares em uma peça com exposição Sul e Sudoeste. A idade media das vinhas é de 30 anos com algumas tendo 65 anos. O subsolo argila calcário da a tipicidade forte do terroir, permitindo as vinhas se expressar e produzir vinhos concentrados e harmoniosos. O conjunto do vinhedo apoia-se sobre uma mesa de calcário massiva de vários metros de espessura e aflora em vários pontos da propriedade. 

     Localizado na apelação Côtes de Blaye, na margem direita do Gironde (em frente Saint-Julien), produz vinhos verdadeiramente bordalêses.


     Château Segonzac Tradition apresenta uma coloração profunda com brilho, no nariz aromas pronunciados de frutas, especiarias com notas de caramelo e alcaçuz. Em boca bem estruturado com notas de frutas confitadas, uma boa complexidade com toque de madeira agradável. Taninos redondos.Tanta qualidade lhe rendeu Medalha de Ouro Gilbert & Gaillard em  2013. 
 
Um delicioso acompanhante para carnes vermelhas, de cordeiro, magret, foie gras, massas e queijos.




Vinho Moelleux: um afago na boca

     
     Os vinhos Moelleux geralmente são conhecidos por serem mais doces, porém, a verdadeira origem de sua denominação tem a ver com sua textura, em boca um vinho aveludado, aconchegante, um verdadeiro carinho ao nosso paladar. Eles não devem ser confundidos com os vinhos licorosos, já que seu teor de açúcar é bem menor. 

     
     Mais  uma vez a família Château de la Mallevieille nos surpreende com um moelleux de muita classe, todo o cuidado na colheita manual para seleção dos cachos, 90% de sua composição Sémillon, é um vinho muito agradável, macio, refrescante e equilibrado, também muita fruta trazida pelos 10% de Sauvignon Blanc. Sua fermentação ocorre em baixa temperatura e a maturação em aço de inox.
Digno de premiações, a Safra 2006 e 2010 receberam medalha de Ouro no Concours Général Agricole de Paris, e a safra 2012 medalha de prata.  


     Château de la Mallevieille dispensa comentários, Sr. Philippe Biau, presidente da comissão técnica de vinhos do INAO juntamente com seu filho Thierry Bernardinis se dedicam de corpo e alma em seus vinhedos, todo esse carinho é certamente refletido na qualidade de seus vinhos. 




 Que tal relaxar com um saboroso queijo azul e o Château de la Mallevieille Moelleux??? Ou quem sabe um delicioso bolo com frutas??? Fica a dica  :)





sexta-feira, 11 de março de 2016

Um vinho Biodinâmico de expressão

     

O Château la Colombière abrange abrange uma área de 17 hectares de vinhas com idades entre 15 e 45 anos, plantadas em um solo muito pedregoso, seguindo aquele velho princípio para as videiras, quanto pior, melhor! 


 O vinhedo era propriedade da igreja desde o século XV e depois passou a pertencer à família Chabanon desde a revolução francesa até os anos 80, quando então o Barão François reestruturou a mesma que agora é administrada por sua filha Diane e esposo Philippe.




     Vinum é certificado orgânico e segue o bionamismo desde 2006, a uva negrette, não tão conhecida, nos remete a um vinho com elegante aroma selvagem que complementa a riqueza das frutas vermelhas e especiarias. por ser biodinâmico, possui baixas concentrações de conservantes, o que permite ao vinho expressar sua verdadeira originalidade. Vinho de corpo médio, com taninos leves. 

Uma proposta bastante interessante para os apaixonados e descobridores do mundo do vinho!!!







 

Quinta da Alorna e os encantos de Portugal



     Antes de partir para a Índia como vice-rei, D. Pedro de Almeida Portugal, 1º Marquês de Alorna, mandou construir em 1725 o palácio que viria a ser palco de grandes acontecimentos históricos e culturais que marcaram o Portugal que se conhece hoje.
D. João, seu filho, e D. Leonor Távora, sua mulher, amaram o palácio e a propriedade como nenhuma outra nas suas vidas. D. João plantou vinhas, produziu azeite, criou pomares, bosques, e jardins de amoreiras. Copiando o modelo francês, imaginou pontes levadiças e lagos, como os usados pelas elites europeias. No final do século XVIII, a família Alorna viajava de barco, Tejo acima, demorando uma noite inteira de Lisboa até Almeirim, onde prontamente uma carruagem da casa os aguardava para os levar alameda acima até ao palácio.




     Foi assim que chegaram à Quinta alguns dias após a libertação da família, que se viu presa dezoito anos por ordem do Marquês de Pombal, acusada injustamente de um suposto envolvimento no caso Távora. D. Leonor de Almeida Lorena e Lencastre tinha 26 anos de idade quando regressou em liberdade com os seus pais e acompanhada pelos seus irmãos Maria e Pedro, ao local que deixara aos oito anos, quando foi presa em Chelas. D. Leonor de Almeida, batizada poeticamente com o nome de Alcipe, casou em 1779 com Carlos Augusto d´Oeynhausen na ermida da Quinta de Alorna, e ali passou os primeiros tempos de casada, tendo organizado no seu palácio de Almeirim importantes saraus para a elite cultural portuguesa.



    Mais tarde viajou para Paris, para Viena, para o sul de França, para Madrid, e finalmente para Londres, onde se viu exilada por ocasião das invasões francesas. D. Leonor, quarta Marquesa de Alorna, foi a mulher mais culta da sua época. Enquanto esteve presa, aprendeu a falar cinco línguas com fluência, e leu todos os livros que conseguia fazer chegar, fossem eles proibidos ou não. Deslumbrou as cortes europeias com o seu talento poético, tendo sido a primeira escritora pré-romântica em Portugal. Mulher das letras e das luzes, mulher política que influenciou cortes portuguesas e estrangeiras, mulher ligada à educação, deve-se à sua persistência junto da rainha as primeiras escolas femininas em Portugal. Mulher desconcertante, inteligente, e muito à frente do seu tempo, deixou oito filhos e uma vastíssima produção literária e epistolar. Morreu em 1839, quando a Quinta, que atravessava uma débil situação financeira devastada pela guerra civil, é vendida pelas suas filhas a José Dias Leite Sampaio, Visconde da Junqueira, que investiu na produção de azeite, nos vinhos, e na pecuária.
     A partir de 1945, após a sua morte, a propriedade passou a ser gerida inteiramente pela filha, genro, e netos. Mais tarde, no pós 25 de Abril, a Quinta da Alorna viveu momentos difíceis em que a força e a determinação dos trabalhadores, que viram as suas casas e sustento ameaçados, foram imprescindíveis para que a Quinta não fosse ocupada. Como empresa familiar que era, orgulhava-se de que todos faziam parte da mesma «família», bem como da política social, muito avançada para a época, que fazia gala em praticar: abriram-se as portas da capela, deram-se casas novas aos trabalhadores, e contratou-se um médico para zelar pela saúde de todos os que dedicavam o seu trabalho à propriedade e à família.





    E assim faz vinhos de alto padrão de qualidade como o Casual, típico Tejo com as uvas Castelão, Trincadeira e Tinta Miúda um belo vinho com boa estrutura de boca, notas de frutos vermelhos, excelente volume e final bastante persistente.
CASUAL é um um néctar vibrante, apelativo e adequado ao consumo diário, essa é a proposta!!